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Enquanto muitos estão
preocupados em fazer comentários fora de propósito nas redes sociais a respeito
da violência que se espalha pelos quatro cantos do país e colocam a culpa nos
governantes, esquecem que todos nós (sociedade), temos participação efetiva na
condução dos preceitos que atingem a família.
As Leis fragilizadas pelo tempo,
os avanços das tecnologias, a banalização do sexo, da transformação dos
conceitos familiares, são alguns dos motivos de descaracterização da sociedade.
Ou então veremos: crianças entre oito e doze anos são levadas a assistir a
programas de televisão que induzem a se comportar como se fossem adultas e
estabelecer uma relação de igual para igual com seus pais. Exemplo disso são as
mininovelas “Malhação” e “Rebelde”, diante de tanta exposição negativa o conceito
de Família vai ficando ultrapassado e quem ousa a pôr limites e chamado de
conservador ou reacionário.
O modelo adotado pela sociedade
não põe limite do que certo e o que é errado. Vimos nos últimos tempos se
noticiar a violência cada vez mais presente dentro das escolas e na maioria das
vezes essa violência é resultado de ciúmes entre adolescentes e até mesmo
crianças e outras vezes por envolvimento com drogas e álcool.
De uma forma geral a parcela de
culpa que cabe aos governos, não pode ser deixada de lado. A falta de projetos
que melhorem a atuação dos órgãos de proteção da sociedade, a inércia do Poder
Legislativo de criar Leis que disciplinem e que não coloquem simplesmente adolescentes
dentro das prisões misturados com presos perigosos, isso somente fará com se
tornem adolescentes cada vez mais perigosos. Do governo se espera ações que
possam salvaguardar a integridade da população. Imprimindo nas suas diversas
esferas de governo, meios que possam integrar as relações de convivência na
sociedade.
O envolvimento das Igrejas, dos
poderes constituídos, das entidades de classe, dos movimentos sociais e da
sociedade como um todo é imprescindível para que a Família seja vista novamente
como uma base sólida e capaz de mudar esse quadro que desintegra nossa comunidade.
Rever conceitos pré-moldados de
que com a evolução das tecnologias, o acesso à informação, a consolidação da
Democracia, passa pela ideia de que isso é assim mesmo e cada vez mais a
própria sociedade vai sofrendo as consequências de não se impor regras
primeiramente na família e depois estabelecer critérios de convivência entre
si.
Os preceitos familiares são
fundamentais para estabelecer o bom senso que ora anda fragilizado pelas conveniências
da vida moderna. Estabelecer laços profundos de respeito dentro da própria família
é passo primordial para uma boa convivência em sociedade. Quando o respeito
interno se deteriora a tendência é que tenhamos uma sociedade mais violenta e
consequentemente é um passo para tudo se desmorone.
Esse não é de maneira nenhuma
um texto pronto e acabado do retrato da relação entre governo e sociedade. Cada
um tem sua responsabilidade no meio social, na comunidade onde vive. Quando o
meu direito é respeitado na sua plenitude, tenho que respeitar o direito dos
outros, somente criticar sem apontar saídas, acho que não resolve os problemas
que afligem nossa sociedade. Tenhamos nas nossas próprias ações mecanismos para
identificar se estamos contribuindo para termos uma sociedade mais justa, sem
sobreposição de classes e com mais respeito entre si.
(Valdir Nery Piauhy)
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