“Houve resistência e a corporação agiu de maneira correta contra invasores”, alegou subcomandante.
Ângela Rodrigues, da Agência ContilNet
Tão logo o governo do estado recebeu a ordem de reintegração de posse concedida pela Justiça para a retirada dos invasores que ocupam as casas do conjunto habitacional Ilson Ribeiro tratou de deslocar um pelotão composto por 300 policiais fortemente armados e uma equipe do Batalhão de Operações Especiais (Bope) na manhã desta quarta-feira (30).
O aparato policial dificultou o trabalho da imprensa, que foi impedida de acompanhar a retirada das famílias por causa de uma barreira de aproximadamente duzentos metros antes das casas.
A ofensiva dos policiais ocasionou uma série de denúncias por parte dos invasores, que denunciaram abusos no cumprimento da ordem da Justiça. Relatos de populares davam contam de que deficientes físicos, grávidas e crianças teriam sofrido agressões com cassetetes, bomba de gás e spray de pimenta.
Uma jovem de 19 anos que estava grávida de sete meses desmaiou após sofrer pancada na barriga por agentes da Polícia Militar e foi atendida pela equipe de socorro do Corpo de Bombeiros que estava no local.
A dona-de-casa Luciana Pereira denunciou que policiais lançaram spray de pimenta em seus olhos e na filha de apenas seis anos de idade.
Aterrorizada, a grávida Gleiciane Gonçalves (28) apresentava ferimentos nos braços. De outro lado, uma mãe desesperada afirmava que seu filho de dois anos teria sido atingido nas costas por uma bala de borracha.
“Os PMs chegaram aqui com escudo e atirando pra todo lado. Várias pessoas foram agredidas”, diz.
Versão da Polícia Militar
“Eles estavam jogando pedaços de paus e pedras nos policiais. Houve resistência e a corporação agiu de maneira correta contra invasores”, alegou o subcomandante da PM, Paulo César.
fonte: contilnet.com
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