Ex-senadora e aliados devem retomar o Movimento Brasil Sustentável, mas não pretendem concorrer para as eleições de 2012
Dois anos após trocar o PT pelo PV, a ex-senadora Marina Silva deve anunciar na próxima terça-feira sua saída do Partido Verde.
Desgastada pelas divergências com a executiva nacional do PV, a ex-presidenciável deve formalizar sua decisão em São Paulo, após reunião com o Movimento Marina Silva, grupo apartidário que atuou na campanha presidencial da ex-senadora no ano passado.
Marina deve falar em nome de um grupo de aliados, entre eles o ex-presidente do diretório estadual do PV-SP, Maurício Brusadin, o ex-coordenador da campanha presidencial do PV, João Paulo Capobianco, o ex-candidato ao Senado por São Paulo, Ricardo Young, e o empresário Guilherme Leal, que foi seu vice na chapa presidencial.
Os aliados da ex-senadora devem retomar o Movimento Brasil Sustentável, de onde pretendem fazer a articulação política para 2014. O objetivo não é fundar um partido para disputar as eleições em 2012 – uma vez que não há tempo hábil para disputar a eleição municipal do próximo ano -, mas fazer com que o Movimento tenha potencial para se tornar um novo partido.
Segundo aliados próximos, Marina e seu grupo tomaram a decisão nesta semana, antes de sua viagem para a Espanha, onde proferiu palestra. Nos últimos dias, a ex-senadora tem feito reuniões com seus colaboradores e pretende se reunir com todos os segmentos sociais que apoiaram sua campanha para explicar sua saída do PV.
— Queremos que as pessoas entendam. Isso tem que ficar claro para todos— justificou Brusadin.
O grupo de Marina Silva tem batido de frente com o grupo do presidente da legenda, o deputado federal José Luiz Penna (SP), sobre a realização de mudanças internas, entre elas a democratização dos diretórios do PV.
— Eu já estou convencido que no PV não dá mais— desabafou Brusadin.
Luciano Zica, que fez parte da coordenação da campanha de Marina Silva no ano passado, também deixará a legenda.
— Eu já tomei minha decisão. Espero sair junto com ela— afirmou.
De acordo com Zica e Brusadin, as conversas dos últimos dias com os apoiadores têm sido fundamentais para a ex-senadora avaliar a dimensão política da sua decisão.
— Essa semana ela completa o ciclo— avisou Brusadin
fonte: contilnet
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