quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Jorge Viana propõe um novo modelo de produção agrícola

O senador Jorge Viana defendeu ontem, 24, a criação de um modelo de produção agrícola moderno, que reduza a dependência de agrotóxicos, aumente a produtividade e preserve os recursos naturais, como solo, água e florestas. A proposta foi feita na reunião conjunta das Comissões de Meio Ambiente, Agricultura e Ciência e Tecnologia, para ouvir os ex-ministros do Meio Ambiente Carlos Minc, José Carlos Carvalho, Marina Silva e Zequinha Sarney sobre o projeto de Código Florestal aprovado pela Câmara.


Segundo o relator do projeto de novo Código Florestal no Senado, o Brasil segue um modelo ultrapassado de agricultura, em que a política agrícola é voltada exclusivamente para o produto, esquecendo a proprie-dade e o produtor. “Temos que ter uma política agrícola de independência em relação aos grandes fabricantes internacionais de insumos e um modelo mais moderno de produção, que também inclua um melhor manejo da água, do solo e das florestas”, acrescentou.
Na mesma linha, o ex-ministro José Carlos Carvalho disse, em seu depoimento, que é preciso acabar com o modelo de financiamento estanque, em que se financia a produção de arroz, milho ou soja,  sem levar em conta o uso sustentável da atividade rural.

Os quatro ministros presentes à audiência pública concordaram que o projeto do novo Código Florestal em tramitação no Senado deve ser modificado para criar medidas específicas para a agricultura familiar, eliminar brechas a novos desmatamentos e incluir instrumentos econômicos de incentivo à manutenção e recomposição de áreas de florestas.

À tarde, o senador Jorge Viana recebeu os representantes do Fórum  Brasileiro de Mudanças Climáticas, liderados pelo secretário executivo Luiz Pinguelli Rosa, também professor da Coppe, escola de pós-graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Uma das ponderações do Fórum é a de que o Código Florestal tem que ser muito cuidadoso em relação às Áreas de Proteção Permanente porque a manutenção delas é fundamental não só para proteger a camada vegetal, mas também para garantir a geração de água. Os participantes do Fórum também alegam que a flexibilização das áreas desmatadas, como está previsto na versão do Código Florestal aprovada na Câmara, aumentará as emissões de carbono e provocará mudanças no clima, contribuindo para o aquecimento global. (Assessoria)

fonte: agazetadoacre.com

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